A entrada de um indivíduo num grupo social é algo inevitável, característico da passagem entre infância e vida adulta.

Fundamental para o exercício de papéis sociais, o grupo ganha espaço na adolescência, momento em que o jovem segue em busca de novos relacionamentos e outras referências por não se contentar somente com os ensinamentos familiares.

De forma muito interessante, o filósofo Arthur Shopenhauer nos apresenta em seu livro “O mundo como vontade e representação” uma metáfora que explica um pouco sobre as relações humanas: um grupo de porcos-espinhos perambulava num dia frio de inverno. Para não congelar, chegavam mais perto uns dos outros. Mas, no momento em que ficavam suficientemente próximos para se aquecer, começavam a se espetar com seus espinhos. Então se dispersavam, perdiam o benefício do convívio próximo e recomeçavam a tremer. Isso os levava a buscar novamente companhia e o ciclo se repetia na luta para encontrar uma distância confortável entre o emaranhamento e o congelamento.

Nossos jovens com certeza se identificam com tal situação, pois ao fazer parte de um grupo, ele consegue “calor” na forma de aceitação e acolhimento. Ao mesmo tempo, precisa se defender dos “espinhos”, posicionamento que se choca contra a sua individualidade e que gera desconforto.

Sabendo dessa importante fase da vida de nossos jovens e do quanto nós, como escola, temos o papel importante de auxiliá-los neste momento, oferecemos uma série de atividades, junto aos nossos colegas da Universidade Anhembi Morumbi, e entre elas uma dinâmica em grupo para nossos alunos, atividade esta que proporcionou a eles a vivência de um momento por meio de uma problematização e como conseguir superá-lo.

Foi um momento rico em aprendizagem para os educandos e educadores, levando-os à reflexão sobre o papel que cada indivíduo possui dentro de um grupo social e a importância da elaboração de uma identidade.

Confira as fotos.

Cátia Alves

Coord. Pedagógica